Aqui iremos colocar alguns conceitos do termo Unicidade.
Conceitos
“O termo ‘unicidade’, aplicado à informação, significa que a informação contida em determinados documentos oficiais não será encontrada em outras fontes documentárias de forma tão completa e utilizável. A informação é obviamente única se não pode ser encontrada em outro lugar. [...] A fim de ser considerada única para fins de avaliação, a informação não precisa ser completamente diferente de todas as demais, porém deve dizer respeito a assunto sobre o qual não exista outra informação documentária tão completa ou tão conveniente quanto nos documentos oficiais.” (SCHELLENBERG, 2006).
“Cada arquivo possui, por assim dizer, personalidade própria, individualidade peculiar, com a qual é mister se familiarizar o arquivista antes de proceder à sua ordenação.” (ASSOCIAÇÃO DOS ARQUIVISTAS HOLANDESES, 1960).
“Não obstante, forma, gênero, tipo ou suporte, os documentos de arquivo conservam seu caráter único, em função do contexto em que foram produzidos.” (BELLOTO, 2002).
“A Unicidade refere-se à relação de cada documento com a ação que o gerou. Sua especificidade seria o enfoque em documentos duplicados (cópias) encontrados dentro de um mesmo arquivo, mas em subconjuntos documentais distintos porque produzidos ou recebidos no exercício de ações distintas. Se a filiação dos documentos às ações indica que é a ação que dá identidade ao documento, tem-se que o conteúdo do documento não deve ser levado em consideração para a sua identificação dentro de um conjunto documental, e sim o contexto da sua produção.” (RODRIGUES, 2006).
“A unicidade provém do fato de que cada registro documental assume um lugar único na estrutura documental do grupo ao qual pertence e no universo documental”. (DURANTI, 1994).
UNICIDADE DO DOCUMENTO
Princípio arquivístico segundo o qual o documento produzido em mais de uma via ou cópia terá apenas uma delas preservadas. (REGO, 1997).
UNICIDADE DA INFORMAÇÃO
Princípio arquivístico segundo o qual a mesma informação contida em mais de uma espécie documental determina a preservação de um único exemplar, observada a integralidade da informação e do suporte. (REGO, 1997).
“O documento é um objeto único e não repetível, daí sua unicidade”. (ESTEBAN NAVARRO, 1995 apud SOUSA, 2009).
”Para estabelecer um paralelo, pode-se dizer que os documentos vêm para povoar os arquivos como o homem veio para povoar a Terra: do mesmo modo que não existem duas pessoas iguais, nenhum documento é igual ao outro”. (CAMPILLOS apud SOUSA, 2009).
“Cada documento de arquivo ‘assume um lugar único na estrutura documental do grupo ao qual pertence e no universo documental’”. (ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2008).
Referências Bibliográficas
ASSOCIAÇÃO DOS ARQUIVISTAS HOLANDESES. Manual de arranjo e descrição de arquivos. Tradução de Manuel Adolfo Wanderley. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1960.
ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Gestão Documental Aplicada. São Paulo, 2008.
BELLOTO, Heloísa Liberalli. Arquivística - objeto, princípios e rumos. São Paulo: Associação dos Arquivistas de São Paulo, 2002.
RODRIGUES, Ana Márcia Lutterbach. A teoria dos arquivos e a gestão de documentos. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 11, n. 1, jan./abr. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-99362006000100009>. Acesso em: 28/1/2010.
SCHELLENBERG, Theodore Roosevelt. Arquivos modernos: teoria e prática. Rio de Janeiro: FGV, 6ª ed., 2006.
DURANTI, Luciana. The Concept of Appraisal and Archival Theory. The American Archivist, v. 57, n. 2, Spring 1994, p. 328-344.
RÊGO, Vanilde. Monografia: Gerenciamento de Protocolo e Arquivo, 1997.
SOUSA, Renato Tarciso Barbosa de. A classificação como função matricial do que-fazer arquivístico. In: ________. Arquivística: temas contemporâneos. Distrito Federal: SENAC, 3ª ed., 2009.