sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Capítulo 13 - A Unicidade - Conceito Final


Podemos dizer, resumidamente, que o conceito de unicidade dos documentos de arquivos, diz que cada documento é único.
Devido ao detalhamento da informação (Schellenberg, 2006) e ao contexto de sua produção (Belloto, 2002), a unicidade é uma característica fundamental aos documentos, podendo definir se o documento é ou não de arquivo.
Para Rego (1997) se um documento tiver mais de uma via ou cópia (unicidade do documento) ou se houver uma mesma informação em mais de uma espécie documental (unicidade da informação) deve-se conservar apenas um exemplar do documento. Porém, ao vermos que o contexto em que um determinado documento foi criado é sempre único, mesmo que este documento seja uma cópia de outro já existente, percebemos que dentro de um conjunto documental a relação entre os documentos e o contexto de um documento podem tornar-se mais importantes que a informação que ele contém (Rodrigues, 2006).
Concluímos que a unicidade trata-se não apenas de um ou outro fator isoladamente, e sim que determinado documento é único pela série de informações, implícitas ou explícitas, que ele carrega. Cada documento assume "um lugar único na estrutura documental do grupo ao qual pertence e no universo documental" (Arquivo Público do Estado de São Paulo, 2008). É adotando o princípio da unicidade que o arquivista pode se desafogar do mar de documentos que não são mais úteis, sendo meras repetições de conteúdo e contexto de outro documento.

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